Lewis A. Kaplan impede a defesa de Trump de apresentar argumentos no julgamento
Trump foi acusado de abuso sexual na década de 1990
Foto: Desiree Rios/The New York Times
No centro de um embate jurídico, o ex-presidente Donald Trump enfrenta um revés significativo no julgamento por difamação relacionado às acusações de abuso sexual feitas pela colunista E. Jean Carroll. O juiz distrital dos EUA, Lewis A. Kaplan, tomou uma decisão crucial ao barrar os advogados de Trump de apresentarem argumentos jurídicos neste caso complexo.
E. Jean Carroll, colunista de 80 anos, acusou Trump de abuso sexual na década de 1990. Embora um júri anterior tenha confirmado a existência de abuso, não encontrou evidências suficientes para sustentar a acusação de estupro. O julgamento para avaliar os danos por difamação está agendado para 16 de janeiro, e este episódio marca mais um capítulo tenso na saga legal envolvendo Trump.
Trump, atualmente um proeminente candidato presidencial republicano, reagiu com críticas ao juiz Kaplan, rotulando-o como uma "democrata radical". Além disso, o ex-presidente ridicularizou Carroll por não ter expressado resistência durante o suposto ataque, descrevendo a acusação como "inventada".
Além do caso de Carroll, Trump enfrenta acusações criminais relacionadas à tentativa de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020. Também há alegações de seu envolvimento no pagamento para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016. Trump, que se declarou inocente, está agora sob escrutínio quanto às indenizações pelos comentários após o veredito anterior.
No julgamento iminente, um júri será convocado para deliberar se Trump deve ser responsabilizado por seus comentários pós-veredito do ano passado e em 2019. Os advogados de Carroll solicitaram ao juiz Kaplan que evite que a defesa de Trump mencione o veredito anterior para evitar confusões entre os jurados.