Líder da oposição, María Corina Machado é detida depois de sair de protesto contra Maduro

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi detida no momento em que saía de um protesto contra o presidente Nicolás Maduro na região de Caracas, nesta quinta-feira (9). As informações foram publicadas pela imprensa local. Ainda não se tem informações sobre a localização dela, de acordo com assessores. Tiros teriam sido disparados no local. Não há informações de feridos.

María Corina fez a primeira aparição pública em cinco meses nesta quinta-feira, fazer um discurso para manifestantes na área do Chacao, nos arredores da capital da Venezuela.

O partido da opositora publicou em uma rede social que membros do regime Maduro atacaram veículos que estavam transportando María Corina Machado.

"María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao", divulgou o Comando ConVzla, da oposição.

Os partidos de oposição da Venezuela e os apoiadores fizeram protestos por toda a Venezuela, nesta quinta-feira (9), em um esforço para coagir o presidente Nicolás Maduro. Os atos ocorrem um dia anterior da posse presidencial.

Em uma entrevista em novembro, a líder da oposição declarou que está escondida na Venezuela e que sofre perseguições, como também outras pessoas que não concordam com o governo de Maduro.

María Corina é acusada de vários crimes pelo Ministério Público da Venezuela. Em agosto, em uma matéria no "The Wall Street Journal", ela declarou que estava escondida para preservar a própria vida.

A opositora foi impossibilitada de concorrer às eleições de 2024, porém realizou campanha para Edmundo González.

Tanto a oposição quanto os chavistas solicitam vitória nas eleições acontecidas em 28 de julho.

A autoridade eleitoral e o tribunal superior da Venezuela, os dois controlados por apoiadores de Maduro, comunicaram que Maduro venceu o pleito de julho, ainda que nunca tenham divulgado os resultados detalhados.

Entretanto a oposição afirma que Edmundo González, de 75 anos, ganhou a eleição com uma vitória esmagadora. O partido divulgou as contagens de votos como evidência, recebendo o apoio de governos de todo o mundo, até dos Estados Unidos, que julgam o opositor como o presidente eleito.

O governo Maduro, que acusa a oposição de incentivar conspirações fascistas contra ele, afirmou que irá prender González se ele voltar para o país.