Líder do governo na Câmara nega envolvimento em escândalo de emendas parlamentares
José Guimarães é mencionado em mensagens interceptadas pela Polícia Federal

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), negou qualquer envolvimento em escândalo de emendas parlamentares, revelado pela PF (Polícia Federal) na terça-feira (8).
Em nota emitida nesta quarta-feira (9), o deputado afirma que não enviou emendas para os municípios citados na investigação, Canindé e Choró. José também cita que uma "rápida consulta ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) mostra esse fato".
"Tive o nome citado durante conversa de terceiros e isso, nem de longe, denota participação em qualquer organização que usurpa o dinheiro público e prejudica os cearenses", aponta o líder do governo, que também reforça que não é objeto de investigação nem foi alvo de busca e apreensão.
A Polícia Federal afirma que são necessárias "diligências específicas". Ou seja, é preciso fazer outra investigação para esclarecer se houve alguma irregularidade por parte de Guimarães.
As conversas que mencionam o líder do governo constam nos autos da operação contra um esquema de desvios que tinha como líder o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE). Como principal alvo, a PF fez buscas em seu gabinete na Câmara dos Deputados e em endereços pessoais no Ceará.
Com a operação atualizada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, informou que os elementos colhidos até então apontam para um "complexo esquema" de desvios, o que incluiria fraudes a licitações, compra de votos e financiamento ilegal de campanhas desde as eleições municipais de 2024.