Governistas que assinaram urgência pró-anistia se associam a "projeto criminoso", diz líder do PT
Para Lindbergh Farias (PT-RJ), não é razoável que aliados aceitem perdoar "quem tentou matar Lula"

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O líder do PT na Câmara, deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou parlamentares da base aliada do governo Lula (PT) que assinaram o requerimento de urgência do projeto que concede anistia aos condenados pelos atos do 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista à GloboNews, Lindbergh declarou que o governo precisa cobrar esses aliados. Para ele, o deputado governista que assinou o requerimento "está se associando a um projeto criminoso de rasgar a Constituição para tentar uma anistia de toda força para o Bolsonaro".
"Não é o governo que está retaliando, é o deputado que está fazendo opção de romper com o governo. Não é razoável o governo aceitar alguém que queira anistiar quem tentou matar o Lula", disse Lindbergh.
Em sua avaliação, o fato de o pedido de urgência ter sido protocolado não significa que o pedido de anistia esteja mais próximo de ser aceito. "Isso não muda rigorosamente nada. Eles estão dando como fato que conseguir as assinaturas, significa que o projeto será pautado. Isso é falso. Sabe quantos projetos têm aqui [na Câmara] com assinaturas para requerimento de urgências? 2.245. Agora, temos 2.246", afirmou.
"Estou convencido de que Hugo Mota (Republicanos-PB) não vai colocar este projeto para votar. Tem muita gente que vai entrar com requerimento de retirada de assinatura", declarou Lindbergh.