Líderes de si mesmos

Por Editorial
Ás

Líderes de si mesmos

Foto: Divulgação

Liderar, na política, requer pulso firme, sabedoria e amplo domínio sobre a função de conduzir seus pares a um entendimento comum. O jogo, que requer o famigerado “jogo de cintura”, é complexo. Lidera quem aceita as regras, mas se for para tomar decisões às sombras e pelas costas dos companheiros, sem consultar sequer aliados, esse líder é apenas um lobo em pele de cordeiro. 

Numa Câmara Municipal, o presidente do Legislativo deve ser aquele edil que aglutina ideias e anseios dos demais, que se mantém aberto ao diálogo inclusive com a oposição, e, ao mesmo tempo, é a imagem e porta-voz da Casa perante a população, seja em entrevistas à imprensa, em sessões ordinárias (e também nas extraordinárias) e no dia a dia, durante corriqueiros e necessários atendimentos.

É inadmissível que um presidente camarário exerça estas atividades escondendo interesses, agindo por “forças ocultas”, enfim, fingindo uma representatividade que é o posto da que é posta à mesa. Acenos suspeitos e frígidos apertos de mãos, apesar de milenares no campo político e levados à exaustão em governos corruptos de não muito tempo atrás numa esfera nacional, são a marca registrada da miséria em liderar rumo ao abismo. 

O Legislativo municipal é, sem dúvida, o parlamento mais democrático no Brasil. Talvez pelo tamanho e representatividade local, faz muito jus ao termo “Casa do Povo”. Mas falsos líderes são inimigos do povo e, quando seus sórdidos interesses são desvendados, geralmente por si mesmo, por meio de atos falhos, repele a comunidade. Liderar é ter poder, mas também responsabilidade e deveres com a cidade que ajuda ou a levar ao progresso ou ao regresso.

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