Lindôra pediu para caso de Daniel Silveira deixar STF um dia antes da prisão
Vice-procuradora-geral da República argumentou que ex-deputado perdeu foro privilegiado após o fim do mandato
Foto: Divulgação/CNJ | Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, argumentou que os autos deveriam ser transferidos para a Justiça do Rio de Janeiro porque Daniel Silveira (PTB-RJ) perdeu foro privilegiado após o fim de seu mandato na Câmara. O político foi preso nesta quinta-feira (2), e a nova legislatura da Casa começou ontem.
O mandado de prisão contra Silveira foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cumprido na cidade de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro.
De acordo com a decisão, Silveira descumpriu as condições para sua liberdade ao: danificar a tornozeleira eletrônica; voltar a ameaçar ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral); colocar dúvida sobre as urnas eletrônicas, inclusive em entrevistas a veículos de comunicação e tentar criar novas contas nas redes sociais.
Como a Corte havia fixado o pagamento de R$ 15 mil por dia para cada infração, Silveira já acumulava quase R$ 4,4 milhões em multas.
Dinheiro vivo
O despacho do ministro autorizou operações de busca e apreensão nos endereços comerciais e residenciais de Silveira. Em um desses locais, foram encontrados R$ 270 mil em espécie, segundo a PF.
Além disso, a decisão ordenou que os agentes recolhessem armas, munições, computador, tablets, celulares e itens encontrados dentro de veículos.
O ministro ainda mandou cancelar o passaporte de Silveira e suspender imediatamente documentos de porte de armas de fogo e o registro de CAC (caçador, atirador ou colecionador).