Lira admite ajustes no texto da Reforma Tributária, que enfrenta resistência entre governadores
Presidente da Câmara disse ainda que só votará projeto quando houver quórum
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governo federal mobilizam esforços para viabilizar a votação da Reforma Tributária ainda nesta semana e garantir que ela seja aprovada na Casa antes do recesso parlamentar, que começa dia 17.
Nesta segunda (3), no entanto, Lira afirmou que o texto só irá a plenário “quando houver quórum suficiente” e não se comprometeu com uma data específica, em meio a uma articulação de estados e do Senado para modificar trechos da proposta.
Governadores de oito estados se reúnem nesta terça (4) para discutir o texto atual, sendo eles Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ratinho Júnior (Paraná), Renato Casagrande (Espírito Santo) e Romeu Zema (Minas Gerais). Senadores também estarão no encontro.
Ao O Globo, o próprio presidente da Câmara admitiu ajustes no texto a pedido dos gestores estaduais.
"Não há paixão pelo texto. Alguns governadores estão com o pleito de que façam a arrecadação de impostos e sua repartição. Acho que o relator Aguinaldo (Ribeiro, do PP-PA) não tem problemas em fazer mudanças com a segurança jurídica que tragam mais votos", afirmou Lira.
"Não se trata de uma guerra entre governistas e oposição. Precisamos primeiro ter um resultado de placar dos partidos, de como as bancadas estão. Importante que as bancadas façam discussão, que governadores venham a Brasília. Temos a oportunidade de debater e, na hora que tivermos quórum adequado, votaremos", completou.