Lockdown não é remédio, diz Bolsonaro sobre medidas restritivas
Bolsonaro ainda falou que a capacidade de endividamento do Brasil está no limite
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O presidente Jair Bolsonaro aumentou nesta quinta (11) o tom contra as medidas restritivas adotadas em vários estados por conta da falta de leitos de UTIs por conta da alta de contaminações pelo novo coronavírus. No encontro da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa (MPE), Bolsonaro chamou o lockdown de "irresponsabilidade" e perguntou "até onde a economia vai resistir?". "O efeito colateral do combate está mais danoso que o próprio vírus. Lockdown não é remédio", disse.
Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro ainda falou que a capacidade de endividamento do Brasil está no limite e destacou a previsão da destinação de R$44 bilhões para o pagamento de mais quatro meses de auxílio emergencial.
Morador de Brasília, Jair Bolsonaro criticou duramente o fechamento dos serviços não-essenciais e o "toque de recolher" adotado, entre às 22h e 5h no Distrito Federal. Segundo ele, apenas o Presidente da República, com aval do Congresso Nacional, poderia tomar a medida de "estado de sítio". "Daqui a pouco a gente vai ter meia hora pra sair na rua e nós continuamos quietos", reclamou.
O presidente chegou a destacar um caso de suicídio na Bahia, que seria, na avaliação dele, relacionada a implementação de medidas restritivas.