Longevidade no Brasil atinge 75,5 anos, aponta IBGE
Expectativa de vida aumentou em 2,6 anos, mas ainda não recupera perdas dos anos iniciais da pandemia
Foto: Divulgação/IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (29), a atualização da expectativa de vida ao nascer no Brasil, revelando um aumento de 2,6 anos entre 2021 e 2022, atingindo 75,5 anos. Esse incremento, embora positivo, não reverte completamente a redução de 3,4 anos observada nos dois primeiros anos da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19, que já contabilizou mais de 700 mil mortes no país desde março de 2020.
O estudo destaca que, apesar do aumento, os óbitos ainda não retornaram ao nível pré-pandêmico, mas estão em declínio, refletindo a melhora do cenário. A diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres também diminuiu, chegando a 7 anos, com os homens registrando uma expectativa de vida de 72 anos e as mulheres, de 79 anos.
O levantamento ressalta um crescimento gradativo no número de mortes anuais no Brasil entre as décadas de 2000 e 2010, culminando em cerca de 1,349 milhão de óbitos em 2019. Entretanto, em 2020, ano de início da pandemia, houve um aumento expressivo para 1,556 milhão de mortes, seguido por um pico ainda maior em 2021, atingindo 1,832 milhão de óbitos.
Embora em 2022 o número absoluto de óbitos registrados tenha diminuído para 1,542 milhão, permanece em patamares elevados se comparado à tendência pré-pandêmica. O IBGE projeta uma redução do excesso de mortes entre os idosos nos próximos anos, refletindo a diminuição das fatalidades por Covid-19, enquanto antecipa um aumento de óbitos em função do envelhecimento da população.