"Luciano Huck e Dória sao nomes bons" diz Moro sobre eleições 2020
Madetta também estaria no páreo

Foto: Reprodução/Globo News
Em entrevista à Globo News na noite desse domingo (5), ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, evitou comentar sobre uma possível candidatura à presidência em 2022. Na ocasião, o ex-juiz também fez uma "crítica construtiva" ao Partido dos Trabalhadores (PT).
"É muito difícil avançar se não olhar para trás e corrigir seus erros. O presidente também tem esse lado que erra ao negar a pandemia. Não que não tenha feito coisas positivas. O PT tem esse lado que acha que não aconteceu o mensalão, que não houve crimes na Petrobras, que a culpa disso é minha... Uma forma de recuperar a confiança é reconhecer o que fez de errado no passado", disse.
Ao comentar sobre sua experiência no governo do presidente Jair Bolsonaro, Moro disse que percebeu que não tinha mais condições de cumprir a agenda da qual defendia, mas que optou por não permanecer "de enfeite". "Tenho que ser fiel aos meus princípios. Pode ter coisas que até me arrependo. Se o PT quiser ser competitivo, tem que reconhecer os erros do passado", completou.
Após deixar em aberto a possível candidatura, o ex-ministro adiantou que pretende continuar participando de debates públicos, mas que para isso ele não precisava ter um cargo, pois poderia "continuar falando".
Em seguida, Moro citou nomes dos quais ele acredita serem fortes para concorrer na próxima eleição presidencial. "Tem bons nomes para candidatos. Tem o Luciano Huck, o governador de São Paulo, João Doria, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que, inclusive, fez um trabalho fenomenal, foi um personagem que cresceu na crise. Não faltam candidatos, o país tem bons nomes".
Na entrevista, Moro também comentou sobre a Lava-Jato e a crise de confiança entre a Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa em Curitiba. "Não tem nada a esconder na Lava-Jato. Tem que tomar cuidado com certas afirmações para evitar que se façam acusações levianas contra a força-tarefa em Curitiba. Mas acho que é algo plenamente superável, desde que seja tratado com seriedade", afirmou.
"Acho que o procurador-geral da República [Augusto Aras], apesar do calor que passou esta semana, tem condições de reestabelecer esse diálogo e apoiar as forças-tarefas, porque o combate a corrupção depende de uma harmonia dentro do Ministério Público", completou.