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Lula abre G20 focado em combate à fome, clima e reforma de organizações internacionais

Uma das principais apostas da presidência brasileira do G20 é uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

Por Da Redação
Ás

Lula abre G20 focado em combate à fome, clima e reforma de organizações internacionais

Foto: Reprodução/MarceloCamargo/AgênciaBrasil

O encontro de líderes do G20 começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, sob comando do Brasil pela primeira vez, com foco no combate à fome, na mudança climática e na reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Esses temas são prioritários na agenda internacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento vai até terça (19) no Museu de Arte Moderna do Rio e reúne líderes de 19 países, mais os representantes da União Europeia e da União Africana.

Os diplomatas que já estão no Rio passaram os últimos dias discutindo os termos da declaração conjunta que será divulgada ao final do encontro. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia,  propostas de taxação de grandes fortunas e questões relacionadas à mudança climática estão entre os pontos que geraram impasse. 

Combate à fome 

Uma das principais apostas da presidência brasileira do G20 é uma cooperação entre países para a adoção de políticas públicas de transferência de renda e de incentivo à agricultura familiar, ou seja, uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Até sexta-feira (15), ao menos 37 países já haviam aderido à iniciativa, entre eles a Alemanha, a maior economia da Europa. Os objetivos principais da aliança são:

  • alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferências de renda;
  • expandir as merendas escolares para mais 150 milhões de crianças;
  • levar serviços de saúde a 200 milhões de mulheres e crianças.

Agenda brasileira 

O comando brasileiro do grupo começou em 1º de dezembro do ano passado. Ao iniciar a presidência rotativa, o governo do presidente Lula estabeleceu três eixos centrais de discussão para o G20:

  • inclusão social e combate à fome e à pobreza;
  • transição energética e desenvolvimento sustentável;
  • reforma da governança global.

Paralelamente às discussões sobre esses temas, o Brasil também lançou algumas iniciativas, entre as quais:

  • G20 Social (com representantes da sociedade civil);
  • Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Programa de atividades 

A agenda do G20 programada para os próximos dois dias prevê uma série de compromissos para os líderes do bloco.

Entre esses compromissos previstos para segunda e terça-feira, estão:

  • cerimônia de abertura da cúpula de líderes do G20;
  • painel sobre aliança global contra a fome e a pobreza;
  • sessão sobre reforma da governança global;
  • sessão sobre desenvolvimento sustentável;
  • encerramento da cúpula de líderes do G20.

Há uma expectativa que o presidente Lula se reúna com alguns líderes internacionais, entre os quais o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Além disso, é possível que ele conceda na terça-feira (19) uma entrevista coletiva, praxe em eventos internacionais desse porte dos quais o presidente participa. 

Na quarta (20), já em Brasília, Lula receberá o presidente da China, Xi Jinping , em uma visita de estado. A China é o principal parceiro comercial do Brasil.

O G20 é considerado o principal fórum de cooperação econômica internacional   

No início, as pautas se concentravam em questões macroeconômicas gerais, mas o foco se ampliou, e hoje abordam temas como  comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção. O G20 não aprova leis nem impõe obrigações aos países, mas firma compromissos de políticas econômicas, sociais e de governança a serem adotadas. A presidência do bloco muda a cada ano: foi da Índia em 2023, está com o Brasil agora e será da África do Sul em 2025.

Entre os líderes que devem participar da cúpula no Rio de Janeiro estão:  Joe Biden (EUA), Xi Jinping (China), Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Giorgia Meloni (Itália) e Javier Milei (Argentina). Veja a lista completa. O único presidente que não veio é Vladimir Putin, da Rússia.
 

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