Lula convoca reunião de emergência para tentar conter crise após operação da PF contra fraudes no INSS

Diante da operação da Polícia Federal (PF) que revelou fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência com ministros e autoridades do governo para alinhar a resposta à crise e evitar mais danos à imagem do Executivo.

Participaram do encontro os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União), Carlos Lupi (Previdência), o superintendente da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, publicitário baiano responsável pela estratégia de comunicação do governo.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a reunião teve como objetivo definir um discurso unificado. Foi decidido que as explicações à imprensa seriam feitas por meio de entrevista coletiva e não apenas por nota oficial, dada a gravidade do escândalo.

Apesar da tentativa de coesão, o ministro Carlos Lupi adotou um tom mais defensivo, destoando da postura firme de Lewandowski, Vinícius de Carvalho e Andrei Rodrigues. Poucas horas depois, por determinação de Lula, Lupi anunciou a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Operação Sem Desconto

Deflagrada na manhã de quarta-feira (24), a Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de desvios de aposentadorias e pensões. Segundo a PF, os prejuízos podem ultrapassar R$ 6 bilhões.

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A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, além de seis de prisão, em diversos estados. Além de Stefanutto, que foi demitido, outros quatro servidores do INSS foram afastados dos cargos.