Lula reitera críticas a Israel, Trump e Eduardo Bolsonaro em reunião ministerial

Lula afirma que Brasil não aceitará tratamento subalterno e condena genocídio em Gaza

Por Da Redação
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Lula reitera críticas a Israel, Trump e Eduardo Bolsonaro em reunião ministerial

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu nesta terça-feira (26), no Palácio do Planalto, sua equipe de ministros para alinhar prioridades do governo e reforçar a defesa da soberania nacional. O encontro, transmitido pela imprensa, também foi marcado por críticas a Israel, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Lula e seus ministros usaram bonés azuis com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. Ao abrir a reunião, o presidente destacou a necessidade de respeito às normas nacionais. “Somos um país soberano, temos uma Constituição, temos uma legislação, quem quiser entrar nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados, no nosso espaço aéreo, no nosso espaço marítimo, nas nossas florestas, tem que prestar contas à nossa Constituição e à nossa legislação”, afirmou.

O presidente reforçou críticas à condução da guerra em Gaza e voltou a acusar Israel de genocídio. “Temos a continuidade do genocídio na Faixa de Gaza, que não para, todo dia mais gente morre”, disse. Segundo ele, crianças palestinas que passam fome são “assassinadas como se fossem do Hamas”.

As declarações acontecem em meio ao aumento da tensão diplomática entre Brasil e Israel. Na segunda-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores israelense anunciou o rebaixamento das relações diplomáticas com o Brasil. Nesta terça-feira (26), o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, chamou Lula de antissemita “apoiador do Hamas” e o comparou ao aiatolá Ali Khamenei, do Irã.

Lula também voltou a criticar Donald Trump por medidas comerciais e pelo enfrentamento às grandes empresas de tecnologia. “[Trump] tem agido como se fosse o imperador do planeta terra. É uma coisa descabida, mas ele continua fazendo ameaças ao mundo inteiro”, declarou. O presidente disse ainda que o Brasil pretende avançar com a regulação das big techs.

Outro alvo das críticas foi o deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde março. Lula o classificou como “traidor da pátria” por buscar influenciar autoridades estrangeiras em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no STF por tentativa de golpe. “O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente e com o comportamento do filho dele nos EUA é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, afirmou.

Na reunião, Lula pediu aos ministros que mantenham a defesa da soberania nacional em entrevistas e declarações públicas. Entre as prioridades apresentadas estão a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o avanço das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O encontro foi o segundo ministerial de 2025, a pouco mais de um ano das eleições presidenciais.

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