Lula e Macron conversam por telefone sobre mudanças da Meta: "liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras e preconceitos”
Lula elogiou as manifestações de preocupação do governo francês sobre a recente decisão da empresa de Zuckerberg
Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente francês Emmanuel Macron conversaram, nesta sexta-feira (10), acerca das mudanças na política de checagem da Meta. Segundo informou o Planalto, Lula recebeu a ligação de Macron por volta das 12h e a conversa durou cerca de 30 minutos.
De acordo com a nota, o presidente Lula elogiou as manifestações do governo francês sobre a recente decisão da empresa de Mark Zuckerberg. “A liberdade de expressão, direito fundamental protegido na França e na Europa, não pode ser confundida com um direito à viralidade que autorizaria a difusão de conteúdos não confirmados (inautênticos) que chegariam a milhões de usuários sem filtro nem moderação", disse o Ministério das Relações Exteriores francês na quarta-feira (8).
Ainda conforme o noticiado pelo Planato, os presidentes concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas. Ambos consideraram positivo que Brasil e Europa sigam trabalhando juntos para impedir que a disseminação de “fake news” coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos.
Rui é massacrado na web por preocupação com Meta
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), foi alvo de críticas nas redes sociais após divulgar, na tarde desta sexta-feira (10), um vídeo institucional ao lado do chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. No vídeo, ele anunciou que o governo federal notificará a empresa Meta para que informe, em até 72 horas, as medidas adotadas para proteger os usuários do Facebook e Instagram, além de reforçar a necessidade de que as empresas de comunicação cumpram a legislação brasileira.
“[...] O presidente Lula reafirmou a absoluta soberania nacional e todas as empresas de comunicação que operarem no Brasil terão que obedecer à legislação brasileira. Formamos um Grupo de Trabalho que vai dialogar com a sociedade e propor medidas legais junto ao Congresso Nacional e ao Judiciário para que a população não corra risco”, afirmou Rui.
No entanto, a declaração gerou críticas ao petista. Um internauta escreveu: “Para de ladainha, ministro. Todo mundo sabe que vocês querem transformar o Brasil em uma ditadura”. Outro comentou: “Vocês não protegem ninguém, têm medo é dos comentários do povo”.