Lula orienta que PT abra mão de candidaturas para governador em estados onde não há chance de vitória
Para 2022, partido dará prioridade a alianças para fortalecer candidatura do ex-presidente
Foto: Reprodução/Money Times
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou os dirigentes nacionais do PT, a não lançar candidaturas a governador no ano que vem, a não ser nos estados nos quais o nome petista seja favorito no pleito ou, no mínimo, dispute cabeça a cabeça com o adversário mais bem avaliado nas pesquisas.
A orientação, já encarada como determinação por caciques da legenda, é privilegiar alianças para a presidência. Lula também deseja privilegiar candidaturas a deputado federal, uma vez que é de acordo com as bancadas que são divididos recursos dos fundos públicos e o tempo de TV.
Ao abrir mão de candidaturas a governos estaduais e, em alguns casos também ao Senado, Lula, que pretende se candidatar a um terceiro mandato no Palácio do Planalto, busca facilitar alianças em torno de seu nome, atraindo principalmente partidos de centro e centro-esquerda que receberiam o apoio do PT em palanques regionais.
"A estratégia do Lula já foi assimilada pelo partido, que tem como foco a Presidência em 2022. Até mesmo candidatos com potencial para disputar o governo ou o Senado cogitam vir a deputado federal para facilitar o projeto nacional", afirmou Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT.
Fragilizado, o PT não elegeu prefeito em nenhuma capital no ano passado, fato inédito desde a redemocratização. Além disso, ficou fora do segundo turno em São Paulo e no Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país. No Rio, Benedita da Silva teve 11,2% dos votos e ficou em quarto lugar. Apesar da performance nas urnas, Jilmar Tatto, que recebeu 8,6% dos votos na disputa pela capital paulista, avalia que a estratégia foi acertada.