Lula volta a chamar de 'genocídio' o que acontece em Gaza: 'direito à defesa não autoriza a matança indiscriminada'
Presidente discursou em defesa da efetivação do Estado Palestino na ONU nesta segunda (22)

Foto: Ricardo Stuckert/RP
Em discurso na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a chamar de "genocídio" o que acontece na Faixa de Gaza. A declaração foi feita durante conferência para a solução de dois Estados, que visa a coexistência pacífica entre um Estado palestino e o Estado israelense.
"Como apontou a comissão de inquérito sobre os territórios palestinos ocupados, não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio", disse o presidente.
Durante o discurso, Lula mencionou que "os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis e que o Brasil foi enfático ao condená-los". O petista também reforçou que o direito à defesa não autoriza a "matança indiscriminada de civis".
Ainda no discurso, Lula defendeu a efetivação do Estado Palestino, reconhecido pelo Brasil desde 2010. No encontro, a França também reconheceu oficialmente o Estado da Palestina.
"Os palestinos têm história e dignidade, e o reconhecimento de seu Estado não subtrai nada do povo de Israel", afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, que abriu a conferência.
França é o terceiro país do G7 a reconhecer oficialmente o Estado palestino. Ontem, Canadá e Reino Unido já haviam oficializado o reconhecimento do território palestino. Além deles, Austrália e Portugal declararam que a criação de dois Estados é a solução para a paz no Oriente Médio.