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Lula volta a criticar ameaças de Trump sobre taxação e defende "soberania" do Brics: "Não aceitamos intromissão de quem quer que seja"

Presidente dos EUA declarou, nesta terça-feira (8), que vai taxar todos os países do bloco em 10%

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Lula volta a criticar ameaças de Trump sobre taxação e defende "soberania" do Brics: "Não aceitamos intromissão de quem quer que seja"

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Lula (PT) voltou a criticar, nesta terça-feira (8), as ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar tarifas de países ligados ao Brics.

O posicionamento aconteceu durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em Brasília, após reunião bilateral com o premiê.

"Nós não aceitamos nenhuma reclamação quanto a reunião dos Brics. Por isso, nós não concordamos quando ontem o presidente dos Estados Unidos insinuou que vai taxar os países dos Brics. Nós queremos também dizer ao mundo que nós somos países soberanos. Não aceitamos intromissão de quem quer que seja”, disse o presidente.

Governo Lula avalia que ameaças de Trump fortalecem posição do Brics contra tarifas

O Brics é um grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Egito, Arábia Saudita, Etiópia, Indonésia e Irã. No fim de semana, os países-membros e parceiros do Brics se reuniram na 17ª edição do encontro de líderes, no Rio de Janeiro.

Na noite de domingo (6), Trump anunciou, por meio das redes sociais, que vai impor uma tarifa adicional de 10% a “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics”. 

Em resposta, na segunda-feira (7), Lula disse que o Brics "não nasceu para afrontar ninguém" e classificou como um "erro" a publicação de Trump. Segundo Lula, não é correto "ameaçar o mundo através da internet".

Na manhã desta terça, Trump disse que os países integrantes do Brics receberão uma taxação adicional de 10%. “Qualquer um que faça parte do Brics terá uma cobrança de 10% em breve”, declarou o republicano, durante uma reunião com membros do gabinete na Casa Branca.

Em novembro do ano passado, Trump já havia exigido que o Brics se comprometessem a não criar ou apoiar uma nova moeda que substituísse o dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%.

O que dizem os países do Brics

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que “o uso de tarifas não serve a ninguém” e declarou que “se opõe ao uso de tarifas como ferramenta para coagir outros países”.

A Rússia também respondeu às declarações de Trump. “Vimos, de fato, essas declarações do presidente Trump, mas é muito importante destacar que a singularidade de um grupo como o Brics está no fato de que ele reúne países com abordagens e visões de mundo comuns sobre como cooperar com base em seus próprios interesses”, disse o porta-voz Dmitry Peskov.

Ele acrescentou que “essa cooperação dentro do Brics nunca foi e nunca será dirigida contra terceiros”.

A África do Sul seguiu a mesma linha. Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Chrispin Phiri, o Brics deve ser visto como um movimento em prol de um “multilateralismo reformado, nada mais”.

Segundo ele, “os objetivos do Brics são, principalmente, criar uma ordem global mais equilibrada e inclusiva, que reflita melhor as realidades econômicas e políticas do século 21”.

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