• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Maduro manda recado para Bolsonaro e Colombia: 'Caso se atrevam, arrebentamos seus dentes'
Mundo

Maduro manda recado para Bolsonaro e Colombia: 'Caso se atrevam, arrebentamos seus dentes'

Presidente voltou a acusar o governo brasileiro de participação num assalto a uma base militar no sul da Venezuela, em dezembro.

Por Da Redação
Ás

Maduro manda recado para Bolsonaro e Colombia: 'Caso se atrevam, arrebentamos seus dentes'

Foto: Reprodução / Manaure Quintero/Reuters

O presidente do regime chavista da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que "conhece os planos imperialistas" da Colômbia e do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O venezuelano não deu detalhes nem apresentou provas sobre esses supostos planos, e ameaçou reagir caso haja ações militares no país.

A declaração foi dada durante a mensagem anual de Maduro na Assembleia Constituinte — controlada pelo regime chavista — uma semana depois da crise gerada pela manobra que tentou excluir Juan Guaidó da presidência do outro parlamento, a Assembleia Nacional, onde os opositores têm maioria.

Além das trocas de acusações com o Brasil, o regime de Maduro vive uma relação conflituosa com a Colômbia. O presidente colombiano, Iván Duque, apoia o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, e a relação com o chavismo piorou após Caracas ordenar exercícios militares na fronteira com o país vizinho, em setembro do ano passado.

O discurso durou mais de duas horas e teve transmissão ao vivo da televisão venezuelana (leia mais no fim da reportagem).

Novas acusações
Maduro também voltou a dizer, sem provas, que o governo brasileiro se envolveu no ataque a uma base no sul da Venezuela no fim de dezembro. À época, o Itamaraty negou qualquer envolvimento do Brasil no episódio.

No discurso desta terça-feira, Maduro voltou a acusar o governo brasileiro de participação no assalto. O chavista ainda acusou Brasil e Colômbia de estarem por trás de "mais de 50 ações de espionagem e roubo de segredos militares".

"Um grupo de terroristas, mercenários, desertores, traidores apoiados, financiado e amparado pelos governos de Jair Bolsonaro do Brasil e Iván Duque da Colômbia assaltaram um quartel no estado Bolívar", afirmou Maduro.

Maduro disse que o regime chavista "conseguiu capturar a maioria dos terroristas e recuperar 95% das armas roubadas". "O resto foi levado para o Brasil, amparados pelo governo fascista de extrema direita de Jair Bolsonaro", acusou, também sem apresentar provas.

Discurso longo
As declarações sobre Brasil e Colômbia fizeram parte do discurso "Memória e Conta à Nação", uma mensagem ao país prevista para o presidente para dar um panorama do país durante o ano — semelhante ao "Estado da União", discurso proferido anualmente pelos presidentes dos Estados Unidos aos congressistas norte-americanos.

Além das crises com os países vizinhos, Maduro abordou o colapso econômico vivido pelo país, e disse que conseguiu "criar novas ferramentas econômicas e sociais, que serão decisivas nos próximos anos". Ele ainda admitiu que a Venezuela passa por hiperinflação, mas alegou que o regime "tem conseguido frear o processo".

A inflação anualizada da Venezuela para novembro foi de 13.476%, segundo dados do Congresso. O último relatório do Banco Central em setembro de 2019 mostrou um aumento acumulado de 4.679,5% nos preços. No sábado, o governo venezuelano elevou o salário mínimo para 250 mil bolívares por mês — cerca de R$ 15 reais.


 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.