Maduro pede ajuda da ONU para desativar minas terrestres na Colômbia
Países estão em tensão desde que governo colombiano reconheceu Juan Guaidó como presidente
Foto: Reprodução/DefesaNet
A Venezuela vai pedir "ajuda imediata" à Organização das Nações Unidas (ONU) para "desativar os campos minados" que grupos irregulares plantaram, segundo Caracas, na fronteira com a Colômbia, onde confrontos estão sendo travados desde o final de março, segundo anunciou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
As Forças Armadas da Venezuela realizam operações militares no estado de Apure, localizado no oeste do país, na fronteira com a Colômbia, onde são registrados confrontos desde 21 de março, reportados pelas autoridades dos dois países.
Desde então, essas operações deixaram seis soldados e nove "terroristas" mortos, além de mais de 30 detidos, segundo o governo venezuelano. A Venezuela enfrenta "grupos orgânicos e articulados ao Exército colombiano, ao governo de Iván Duque" que "se vestem de guerrilheiros para servir às rotas do narcotráfico", acusou.
O líder venezuelano destacou que há duas semanas iniciou a "expulsão" de tais grupos do território venezuelano. "Já desalojamos vários acampamentos. Eles deixaram o território minado, trouxeram a prática das minas antipessoal (...) para a Venezuela. Perdemos vários soldados venezuelanos para as minas terrestres. Assassinos!", exclamou.
Os dois países, que dividem uma fronteira porosa de 2.200 quilômetros, romperam relações depois que o governo Duque reconheceu o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela em janeiro de 2019. Embora Guaidó seja reconhecido como presidente interino por cinquenta países, com os Estados Unidos, Maduro mantém o poder com o apoio das Forças Armadas.