Mãe de Eliza Samudio relata como deu a notícia ao neto sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno
Filho do casal não quer ter contato com o pai
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Pouco mais de 10 anos após o crime brutal que tirou a vida de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, que foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo crime, mas já segue cumprindo a pena em regime aberto, a mãe de Eliza relata como contou ao neto, Bruninho, de 10 anos, filho do casal, sobre a tragédia. A informação é do EXTRA.
Ela afirma que contou após ele perguntar sobre o pai. "Sempre falei pra ele que na hora que ele quisesse saber a verdade, eu contaria. Ele ficou assustado, porque eu contei que o pai dele matou uma pessoa e havia tentando contra a vida de uma outra, mas que essa outra pessoa estava viva e bem. Mas quando ele me fez a pergunta: 'quem era a outra pessoa', eu respondi: 'era você'. Ele ficou se perguntando o por quê, e eu disse que ainda não sabia", relatou Sônia Silva Moraes, mãe de Eliza.
Sônia ainda disse que ao longo de todos esses anos vem filtrando as informações que chegam ao neto para que ele não se machuque ainda mais. Ela tem a guarda oficial do menino.
"Ele só não tem conhecimento da forma como a mãe foi assassinada. Sempre quando passa algum noticiário sobre o pai dele, eu pego e desligo a TV. Fico vigiando, mas uma hora ele vai entrar na internet e descobrir muitas coisas. Ele sabe que a mãe dele foi morta, que os assassinos sumiram com o corpo e que o pai foi condenado. As pessoas acham que ele é uma criança que odeia o pai, e não é. Outro dia mesmo ele falou para uma amiga minha que perguntou se ele tinha raiva, mágoa ou ódio do pai, e ele respondeu: 'Não posso ter raiva nem amor daquilo que eu não conheço'".
A mãe de Eliza também comentou que Bruninho não quer contato com o pai e que ela vai respeitar mesmo que um dia ele queira se aproximar do goleiro. "Até hoje ele não manifestou a vontade de conhecer o pai, mas se ele quiser, eu vou respeitar. Não posso fazer uma escolha por ele. Vou apoiá-lo. Mas hoje o meu neto não quer ter contato com o pai. Afinal de contas, tiraram o bem maior dele, a mãe", diz.
Apesar do crime que tirou a vida da sua filha, Sônia conta que nunca induziu o neto a ter ódio pelo pai. "Diferentemente de alguns comentários que eu vejo, eu não promovo o ódio do Bruninho contra o pai dele. Não faço alienação parental contra o pai. Eu, pessoalmente, deveria querer que o Bruno sumisse da face da Terra, mas não é isso. Quero que ele viva, que Deus abençoe a vida dele, porque o que ele fez com a minha filha, ele vai pagar aqui", explicou.