Mãe leva dois meses para descobrir sexo de bebê com má formação
Caso aconteceu no Hospital Infantil de Vila Velha, no Espírito Santo
Foto: Arquivo pessoal/ Jessyka Gonoring
A paciente Jessyka Severo Bianchi Gonoring, que já é mãe de uma menina de seis anos, estava grávida e não sabia que a sua nova filha teria uma má formação chamada onfalocele, que é quando a parede abdominal não se desenvolve do jeito esperado, deixando órgãos como o intestino e o fígado para fora do abdômen. Mas, para a surpresa dela, o bebê teria outra má formação que tornaria impossível detectar seu sexo. A única maneira seria verificando o formato do órgão sexual.
"A criança nasceu com extrofia da bexiga. Ela tem uma cloaca, que é quando o trato urinario e o intestinal ficam no mesmo lugar. A má formação afeta a parte genital, a púbis fica aberta, o osso não fecha. Então, você olha e não consegue identificar. A genitália é ambígua", explicou Lincoln Bertholi Rohr, pediatra encarregado do caso, no Hospital Infantil de Vila Velha, para onde o bebê foi transferido, assim que descobriram sua condição.
Atualmente, a pequena está com a bolsinha de colostomia ligada ao intestino e ao canal da urina. Cocô e xixi saem por ali, até que ela consiga passar pelas cirurgias reconstrutivas, o que, segundo Linconln, deve começar a acontecer depois que a pequena completar 1 ano, se tudo ocorrer bem.