Mãe que matou o filho por homofobia é condenada a 25 anos de prisão
O filho já havia denunciado as agressões que sofreu da mãe, que não aceitava o fato de ele ser gay
Foto: Reprodução
A mãe que matou o filho por homofobia foi condenada a 25 anos e oito meses de prisão pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (27). O crime ocorreu em Cravinhos, no interior de São Paulo.
O filho já havia denunciado as agressões que sofreu da mãe, que não aceitava o fato de ele ser gay. Outras dois envolvidos no crime, Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, foram condenados, cada um, a 21 anos e 8 meses de reclusão. As defesas vão entrar com recursos.
A vítima havia passado a morar com a avó depois de ser agredido pela mãe, mas ela o atraiu à sua casa dizendo que queria fazer as pazes. No imóvel, com a ajuda dos outros dois condenados e de um adolescente de 16 anos, ela submeteu o filho a uma sessão de espancamento e depois o golpeou com facadas no pescoço. Após constatar a morte, Tatiana pediu ajuda ao marido, padrasto de Itaberli, para se livrar do corpo. O cadáver do filho foi levado a um canavial e incendiado.
Tatiana só foi a polícia oito dias depois do crime. Por causa do estado do corpo, foi necessária perícia para a identificação. Durante o processo, o Ministério Público sustentou que o crime tinha sido motivado por homofobia, pois a mãe não aceitava a condição do filho de ser homossexual.
Tatiana foi condenada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ela foi levada para a penitenciária de Tremembé.
Já o julgamento do padrasto, Alex Canteli Pereira, foi adiado porque seu advogado, que também defendia a mulher, deixou o caso alegando conflito de interesses. Pereira responde pelo crime de ocultação de cadáver.
Durante o processo, o padrasto contou que a mulher havia relatado a ele como havia dado as facadas que mataram o filho. O julgamento do padrasto de Itaberli ainda não tem data para ser retomado.