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Mães de menores de 12 anos poderão cumprir prisão domiciliar, de acordo com decisão de Gilmar Mendes

STF estabelece mutirões carcerários para fornecer benefício

Por Da Redação
Ás

Mães de menores de 12 anos poderão cumprir prisão domiciliar, de acordo com decisão de Gilmar Mendes

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu nesta quinta-feira (9) a prática de mutirões carcerários para assegurar o cumprimento de uma resolução da Segunda Turma que garantiu a alteração da prisão preventiva por prisão domiciliar para mães de crianças menores de 12 anos.

A resolução foi comunicada em habeas corpus exposto pela defesa da mãe de uma criança de 4 anos presa preventivamente por tráfico de 5 gramas de crack. Ao examinar o caso, o ministro permitiu a prisão domiciliar à mulher por concluir que a quantidade de droga achada com ela era pouca e não estava ao alcance da criança.

“O juiz da instância de origem deverá fixar a forma de cumprimento e fiscalização e poderá determinar novas medidas cautelares se achar necessário”, comunicou o STF, em nota. Na resolução, Gilmar Mendes concluiu que a substituição da prisão preventiva pela domiciliar “vai muito além de uma benesse à mulher alvo da segregação cautelar”.

“A ideia é, por meio de tal flexibilização, salvaguardar os direitos das crianças que podem ser impactadas pela ausência da mãe. Por meio da medida, a ré permanece presa cautelarmente, mas passa a cumprir a segregação em seu domicílio, de modo a oferecer cuidados aos filhos menores”, avaliou.

O ministro expôs ainda a existência de várias decisões em instâncias menores negando a permissão do benefício de prisão domiciliar para mães que cumprem os requisitos legais e, por esse motivo, estabeleceu a realização dos mutirões carcerários, a serem feitos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“O objetivo da medida proposta é a revisão das prisões, a apuração das circunstâncias de encarceramento e a promoção de ações de cidadania e de iniciativas para ressocialização dessas mulheres”, declarou.

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