Maior leilão de transmissão desde 2019 pode investir R$ 15,3 bilhões

O maior leilão de transmissão desde 2019 vai licitar na próxima quinta-feira (30), 13 lotes na sede da B3, em São Paulo. O certame está programado para acontecer as 10h.

O vencedor ficará responsável pela construção e a manutenção de 5.425 km de linhas de transmissão e de 6.180 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações.

A expectativa do governo federal é de que sejam investidos R$ 15,3 bilhões, o que pode gerar 31.697 empregos diretos durante o período de construção das instalações, que devem durar de 42 a 60 meses.

As linhas de transmissão devem contemplar os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

A operacionalização do leilão é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Nos três primeiros lotes estão a maior parte do investimento previsto, de cerca de R$ 12,27 bilhões destinados à transmissão de grande porte, capaz de escoar energia renovável fotovoltaica em Minas Gerais.

“Os investimentos em um robusto sistema de transmissão permitirão novos investimentos na geração de energia, principalmente na região Norte de Minas, que possui baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), trazendo mais empregos e oportunidades”, afirma o governo federal. 

Além disso, o Executivo ainda aponta que as condições de atendimento no Acre e no Amazonas, em especial a integração da região de Humaitá (AM), que atualmente é isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN), também devem receber melhorias.

Os lotes 8 a 12 pertencem às áreas já licitadas anteriormente, mas que contam com caducidade dos contratos já declarada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em razão de melhorias não realizadas. Estas contam com um investimento previsto de R$ 2,19 bilhões.

Uma rede de transmissão na região de Novo Progresso (PA) e no Amapá também está prevista no projeto. A expectativa é de que esta leve investimento para outros setores de infraestrutura, como a mineração.