Vídeo: 'Maioria favorável a esse posicionamento', diz Mario Negromonte sobre retorno do PP à base do governo na Bahia
Em entrevista coletiva, deputado federal descartou decisão de maneira unânime e comentou divisão de opiniões dentro do partido

Foto: Farol da Bahia
O deputado federal Mario Negromonte (PP) comentou, na manhã desta sexta-feira (14), sobre a divisão dentro do partido na relação com o PT.
O parlamentar realizou duas análises, nas quais explicou a situação das negociações com o governo Lula (PT), no âmbito federal, e Jerônimo (PT), na Bahia. Para Negromonte, uma unanimidade na decisão não será alcançada, mas a maioria apoia o retorno do PP à base no estado.
“Aqui na Bahia existem ainda conversas que são feitas ao longo desses anos e meses. Eu tenho dito e vou continuar repetindo: se for da vontade de Deus, e também na hora que o governo e o partido entenderem que é importante essa composição, tenha certeza que hoje a gente encontra uma maioria favorável a esse posicionamento. Embarque de forma unânime eu acho difícil que na Bahia exista esse entendimento de todos”, declarou em entrevista coletiva.
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O retorno do PP à base do governo da Bahia enfrenta entraves, apesar da adesão da maioria dos deputados estaduais. Em fevereiro, a coluna de Jairo Costa, no Metro1, revelou que as negociações estão travadas porque o governador exige o apoio unificado dos seis deputados estaduais, dos quatro federais, do maior número possível dos 41 prefeitos eleitos pelo partido e a adesão dos cinco vereadores da sigla em Salvador à bancada de oposição ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) na Câmara Municipal.
A cúpula do PP na Bahia, no entanto, considera essa exigência difícil de ser atendida. Outro entrave ao acordo envolve o espaço que o PP teria ao retornar à base governista. Entre os cargos cobiçados, o partido mira o comando de órgãos estratégicos, como o Detran, liderado por Rodrigo Pimentel, técnico ligado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.
“Desembarque” do PP do governo Lula
Na esfera nacional, Negromonte ressaltou a permanência do seu apoio ao presidente Lula e disse que a possível retirada do PP do governo federal trata-se de uma decisão do presidente da legenda, Ciro Nogueira, que não seria apoiada por todos.
“A questão nacional é uma posição do nosso presidente Ciro Nogueira, que ele não esconde de ninguém, e ele mantém a coerência do que ele acha que é certo. Só que existem deputados, senadores e membros do nosso partido que defendem o contrário. Tanto é que hoje fazemos parte da base do governo com ministérios e cargos na caixa econômica federal. O partido se divide um pouco nessa decisão de desembarque no governo Lula”, explicou.
No dia seis deste mês, Ciro Nogueira disse em entrevista ao GloboNews que o PP "nunca" entrou como base governista e que o ministro do Esporte, Andre Fufuca (PP), aceitou um convite pessoal de Lula.
Ele cravou ainda que o partido não apoiará Lula para uma eventual reeleição em 2026 e incluiu na lista de possíveis siglas que deixem de apoiar Lula, o PSD, o União Brasil e o Republicanos.
"Eu acho muito difícil, impossível, que estes quatro partidos estejam com Lula na eleição de 2026. O meu, com certeza não estará [...] O PP, como partido político, nós nunca tomamos a decisão de apoiar este governo, indicar alguém", disse.
Veja vídeo da declaração de Negromonte: