Mais de 1,2 mil de mulheres correm risco diário de sofrer mutilação genital feminina
Segundo Nações Unidas, filhas de sobreviventes correm risco maior de serem submetidas ao procedimento
Foto: Unfpa
As Nações Unidas afirmaram, nesta terça-feira (6), Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que o número estimado de meninas que estão em risco de sofrer com essa prática é de 4,4 milhões. O que equivale a 1,2 mil casos diários.
Em mensagem sobre a data, secretário-geral, António Guterres, diz que a mutilação genital feminina é uma violação flagrante dos direitos humanos com danos permanentes à saúde física e mental das vítimas.
Segundo as Nações Unidas, um quarto das sobreviventes da mutilação genital feminina teve contato com um profissional de saúde.
A organização destaca ainda que as filhas de sobreviventes correm um risco significativamente maior de viverem a experiência, em comparação com as de mulheres que não passaram pelo procedimento.
Guterres também pede medidas definitivas para abordar normas sociais, econômicas e políticas que perpetuam a discriminação a mulheres e meninas, limitam a participação e liderança ou restringem seu acesso à educação e ao emprego. Nesse processo, ele sugere que sejam priorizadas as ações para desafiar as estruturas e atitudes de poder patriarcais que estão na origem da “prática abominável”.