Mais de 50 ONGs pedem que o Ministro do Meio Ambiente seja investigado
Entidades alegam que Ricardo Salles cometeu improbidade administrativa
Foto: Agência Brasil
O Proam, Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, junto a outras 50 ONGs, protocolaram nesta terça-feira (20) um pedido de averiguação de improbidade administrativa do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O pedido foi feito na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.
Segundo as ONGs, a solicitação é feita "em razão do aumento da devastação da floresta amazônica e da omissão do ministério diante da gravidade da situação, além da redução das multas aplicadas na região pelo (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) Ibama".
A Defensoria Pública da União e à Procuradoria Geral da República também vão receber o pedido.
A alegação do Proam é que o desmatamento da Amazônia é maior do que os dados divulgados oficialmente. Segundo a instituição, os números do Deter, método de investigação utilizado pelo Inpe, estariam defasados e não mostrariam a realidade das devastações na Amazônia.
Em 2018, o Deter detectou um desmate de 6.833 km2, mas, ainda segundo o Proam, esse número seria superior, alcançando uma área próxima a de 10 mil km.
No texto para o pedido de investigação do ministro, a bióloga Yara Schaeffer-Novelli, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que "o nível de devastação que ocorre hoje só seria possível com a omissão da fiscalização da área federal".
