Mais de 500 palestinos foram mortos na Cisjordânia Ocupada desde o início da guerra, afirma ONU
Mesmo com a ausência de confrontos armados, Israel realizou pelo menos 29 operações no território
Foto: UNICEF/Alaa Badarneh
O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou, nesta terça-feira (4), que mais de 500 palestinos foram mortos na Cisjordânia ocupada desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, no dia 7 de outubro. No mesmo período, 24 israelenses, incluindo oito membros das Forças de Segurança de Israel, foram mortos na região e em Israel em confrontos ou supostos ataques de palestinos da Cisjordânia.
Mesmo com a ausência de confrontos armados na Cisjordânia ocupada, Israel realizou pelo menos 29 operações desde o início da guerra, com ataques aéreos por veículos não tripulados ou aviões e o disparo de mísseis em campos de refugiados e outras áreas densamente povoadas.
Durante essas operações, 164 palestinos foram mortos, incluindo 35 crianças. Segundo dados, há uma "prevalência" de vítimas palestinas baleadas na parte superior do corpo e sem assistência médica. De acordo com a avaliação da ONU, isso sugere "intenção de matar em violação ao direito à vida, em vez de uma aplicação gradual da força e uma tentativa de diminuir a tensão das situações".
Segundo Turk, os eventos em Israel e Gaza nos últimos meses são insuportáveis e que o povo da Cisjordânia ocupada também está sendo submetido a um derramamento de sangue sem precedentes. Para ele, é incompreensível que tantas vidas tenham sido perdidas de forma tão arbitrária.
Turk ressaltou ainda que a destruição e as violações dos direitos humanos são inaceitáveis e devem cessar imediatamente. Ele enfatizou que Israel deve adotar e aplicar regras que estejam totalmente de acordo com as normas e padrões de direitos humanos aplicáveis.
O executivo também cobrou uma investigação de forma completa e independente de qualquer alegação de mortes ilegais, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados.