Mais de 80 mil palestinos já fugiram de Rafah, no sul da Gaza
A ONU relata que combustíveis e alimentos estão se esgotando na região; caminhões com ajuda humanitária não entraram em gaza entre segunda e quarta
Foto: Reprodução/Pixabay
Mais de 80 mil pessoas fugiram da cidade de Rafah, no sul de Gaza, desde o início da semana, enquanto tanques israelenses se aproximam da área, que vem sendo alvo de bombardeios constantes, segundo informou a ONU nesta quinta-feira (9).
A operação na região começou na segunda-feira, quando Tel Aviv ordenou que cerca de 100 mil de pessoas saíssem da parte leste de Rafah, isso gerou uma interpretação de que a região seria invadida. A ONU alertou que alimentos e combustíveis estão se esgotando na região, onde mais de 1 milhão de palestinos, grande maioria refugiados de outras áreas do norte de Gaza destruídas no conflito, estão concentrados.
O coordenador de ajuda emergencial da ONU, Martin Griffiths, aponta que os militares israelenses não estão permitindo a entrada ou saída da área após a tomada de passagens de fronteira com o Egito. De acordo com a ONU, nem os caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza entre segunda e quarta.
O coordenador disse na rede X (antigo twitter), que esse fechamento das passagens é devido a falta de combustível, "não há caminhões, geradores, água, eletricidade e movimento de pessoas ou mercadorias. Isso significa que não há ajuda". Ele também acrescentou falando sobre a morte dos civis, e que eles estão sendo impedidos de ajudá-los.
O governo dos Estados Unidos advertiu nesta quinta-feira Israel que uma entrada militar e Rafah pode fortalecer o grupo islâmico palestino Hamas. A Casa Branca também reforçou sua decisão de não fornecer armas ofensivas ao governo de Israel se a ofensiva contra a cidade continuar. "Qualquer tipo de grande operação em Rafah beneficiaria o Hamas na mesa de negociações, e não Israel", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.