Coronavírus

Mais RNA no sangue pode estar relacionado a Covid-19 grave, aponta estudo

A presença do RNA também apontou uma resposta imune ineficiente do organismo

Por Da Redação
Ás

Mais RNA no sangue pode estar relacionado a Covid-19 grave, aponta estudo

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Em um estudo, cientistas avaliaram a quantidade de RNA, material genético do vírus, no plasma sanguíneo dos participantes e concluíram que 78% dos pacientes com casos graves de covid-19 tinham maiores quantidades de RNA do que os com sintomas leves. A pesquisa divulgada na revista científica Critical Care.

Como o estudo foi feito 

250 pacientes com covid-19 tiveram o plasma sanguíneo testado na Espanha para checar a presença de RNA; 

30 hospitais estiveram envolvidos na avaliação das cargas virais no plasma de três grupos de pacientes com vários graus de doença;

Os participantes foram avaliados durante a primeira onda pandemia na Espanha, no período de 16 de março a 15 de abril; 

Aqueles que morreram tinham maiores concentrações de RNA em seu plasma; 

Os pesquisadores concluíram que a presença do RNA no sangue de um paciente está ligada a casos mais graves de covid-19 (78%); 

A presença do RNA também apontou uma resposta imune ineficiente do organismo. Dessa forma, pacientes graves seriam incapazes de evitar a infecção por covid-19, em parte devido aos níveis elevados de certas proteínas; 

Os pacientes que necessitaram de hospitalização eram mais velhos do que aqueles que receberam alta hospitalar. Além disso, a doença grave se manifestava mais em homens. 

Outras condições de saúde como obesidade, hipertensão e diabetes também foram encontradas em pacientes que precisaram de hospitalização.

Por que a pesquisa é importante? 

Segundo os pesquisadores, saber a quantidade de RNA no sangue dos pacientes ajuda a prever a gravidade da doença. Também pode levar a novos tratamentos para a covid-19, como o uso de coquetéis de anticorpos.

Além disso, ajuda a identificar rapidamente os pacientes que precisam de cuidados imediatos e intensivos e definir quem pode ser liberado para se isolar em casa. Assim, os hospitais e salas de emergências não ficariam lotados.

"Agora temos um indicador extremamente confiável para identificar pacientes graves com covid-19 que requerem cuidados intensivos e devem ser internados na UTI, o que ajudará os médicos da unidade de terapia intensiva a priorizar os pacientes mais graves", afirma David Kelvin, um dos pesquisadores do estudo.

Os cientistas informaram que, em breve, querem desenvolver um teste rápido que pode identificar em 15 minutos se a pessoa infectada possui o RNA e quais cuidados serão necessários de acordo com essa informação.

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