Manaus volta a fechar bares e praias para evitar disseminação da Covid-19
Nova onda pode contrariar teoria da imunidade de rebanho
Foto: Reprodução/A Crítica
A capital do Amazonas e maior cidade da Amazônia brasileira, Manaus, voltou a fechou bares e praias em rios para conter uma nova onda de casos de coronavírus. A tendência ameaça a teoria de que a região seria um dos primeiros lugares do mundo a ter alcançado a chamada imunidade de rebanho, quando grande parte de uma comunidade fica imune a uma doença e sua disseminação se torna menos provável.
Os pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) acreditam que a queda drástica de mortes por Covid-19 na cidade indicava que a imunidade coletiva estava funcionando, entretanto, eles também acreditam que os anticorpos da doença após a infecção podem não durar mais do que alguns meses.
Na sexta-feira (25), as autoridades locais passaram a proibir festas e outras reuniões de pessoas por 30 dias, restringindo também horários de restaurantes e shoppings, em um novo revés na cidade de 1,8 milhão de pessoas depois que o pior da pandemia parecia ter ficado para trás.
“Algo que ficou claro em nosso estudo - e que também está sendo mostrado por outros grupos - é que os anticorpos contra a Sars-Cov-2 decaem rapidamente meses depois da infecção”, disse uma das autoras do estudo, Leis Buss, em um comunicado da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que acompanhou o artigo.