Mandetta diz que "sacrifício da sociedade" ajudou a abrandar a curva de contaminação da Covid-19

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quarta-feira (15), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que o Brasil conseguiu abrandar a curva de contaminação da Covid-19 por causa do "sacrifício da sociedade". Segundo ele, a grande adesão do isolamento social nas duas primeiras semanas interferiu positivamente nos números. De toda forma, o ministro mantém a expectativa de que o sistema de saúde deve ter mais procura nos meses de maio e junho, o que pode ser "crítico". Ele explicou que isso envolve diversos fatores, um deles, é que o Brasil terá que lidar ao mesmo tempo com infecções de influenza e coronavírus, que afetam o sistema respiratório.

Sobre as contantes informações de que pode ser substituído, Mandetta afirmou que há posicionamentos divergentes sobre o enfrentamento à pandemia e que são "apenas visões diferentes do mesmo problema". "Se houvesse uma única visão certa, seria muito fácil de resolver", ponderou e negou que ele seja "contra" Jair Bolsonaro.

"Não somos insubstituíveis", frisou e reforçou que uma das hipóteses de sair do ministério é a pedido do presidente da República, o que ainda não aconteceu. Mais uma vez, Mandetta disse que tem se pautado na ciência para tomar as decisões - com foco nas pessoas - e trabalhado com transparência.

Ele ainda disse que o ministério vai trabalhar até 100% do limite das possibilidades e confirmou ter negado o pedido de demissão do secretário nacional de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Oliveira. "Nós entramos juntos e vamos sair juntos", colocou.

De toda forma, Mandetta já orientou à equipe que fique em uma possível transição, para que o serviço seja continuado. "Não seremos inconsequentes". Entre os nomes que já se colocaram à disposição está João Gabardo dos Reis, secretário executivo do ministério, cotado pelo governo inclusive para ser o titular da pasta.