Manifestantes se reúnem na Paulista, e Bolsonaro se encontra com 7 governadores

Objetivo é pressionar por anistia aos envolvidos nos ataques criminosos de 8 de janeiro de 2023

Por FolhaPress
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Atualizado
Manifestantes se reúnem na Paulista, e Bolsonaro se encontra com 7 governadores

Foto: Reprodução/Redes sociais

Convocados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes se reúnem na avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (6), para pressionar por anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Por volta das 12h, os apoiadores do ex-presidente já reuniam em um trecho próximo ao Masp.

O ato começou por volta das 14h e deve ser encerrado às 17h. Uma foto do ex-presidente com sete governadores que participarão do protesto foi divulgada antes da manifestação neste domingo. São eles: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil ), de Mato Grosso, e Wilson Lima (União), do Amazonas. Os quatro primeiros são cotados como presidenciáveis em 2026 diante do vácuo aberto pela inelegibilidade de Bolsonaro.

Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, chegou a ter a presença anunciada, mas não vai comparecer.

Organizador do ato, o pastor Silas Malafaia disse à Folha que em termos de presença de politicos, será a maior manifestação desde o impeachment de Dilma Rousseff. "Serão mais de cem políticos, entre governadores, deputados e outros. Vai ser muito quente o recado hoje".

Ele afirmou que em seu discurso, vai mirar no ministro Alexandre de Moraes, do STF, e no presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por resistir a pautar a anistia. "Vou pra cima deles", afirmou. Pesquisa da Genial/Quaest divulgada neste domingo aponta que a maioria dos brasileiros rejeita a anistia aos acusados do 8 de janeiro. Segundo o levantamento, 56% acham que os envolvidos devem continuar presos, ante 34% que defendem que eles sejam soltos.

Além disso, de acordo com a pesquisa, 49% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente participou do planejamento de um golpe de Estado, e outros 35% rejeitam essa hipótese. A empresa de pesquisa e consultoria ouviu 2.004 pessoas, dos dias 27 a 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Antes do ato deste domingo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que também estará presente, atuou para atrair as mulheres à manifestação pedindo que todas comparecessem com batons. O chamado foi uma referência à cabeleireira condenada a 14 anos de prisão por pichar de batom uma estátua em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), episódio explorado pelos bolsonaristas críticos às penas aplicadas aos envolvidos no 8 de janeiro.

Um trio elétrico principal foi reservado ao ex-presidente e seu núcleo mais próximo, incluindo os governadores, enquanto o outro abriga o restante dos parlamentares e aliados.

Receosos com a chuva prevista, os organizadores prepararam tendas para proteger as autoridades e pediram que os discursos tivessem a duração de, no máximo, três minutos. A deputada federal Priscila Costa (PL-CE) foi encarregada de iniciar as falas com uma oração.

Os organizadores esperam que o ato em São Paulo seja maior do que o que ocorreu no Rio de Janeiro em 16 de março, quando cogitaram 1 milhão de participantes e se frustraram diante da baixa adesão –o Datafolha contabilizou 30 mil pessoas no local. Até o momento, não foi divulgada estimativa de público.

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