Marina Silva defende taxação global de super-ricos para financiamento climático
Segundo a ministra, parte do dinheiro seria investido para preservar 'o que ainda existe'
Foto: José Cruz/Agência Brasil
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), afirmou que uma taxação global dos super-ricos é necessária para financiar políticas climáticas.
“Nos últimos quatro séculos, o mundo transformou a natureza em pecúnia, em dinheiro, uma necessidade, porque as pessoas vivem daquilo que produzem. No entanto, agora vamos ter que pegar parte desse dinheiro e investir para recuperar a natureza e preservar o que ainda existe”, disse Marina em entrevista à CNN Brasil.
Ela mencionou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está abordando a questão da taxação dos super-ricos no G20 para direcionar parte desses recursos financeiros à preservação ambiental. “O ministro Fernando Haddad está trabalhando no G20 a questão da taxação dos super-ricos exatamente para que a gente possa usar parte desses recursos, desse dividendo que foi transformar a natureza em recursos financeiros, em recursos que sejam bons para todos”, acrescentou Marina.
Um artigo elaborado por ministros de áreas econômicas da África do Sul, Alemanha e Espanha, coautorado por Haddad, estima que um tributo global sobre os super-ricos poderia gerar uma receita de US$ 250 bilhões. Esse montante seria equivalente aos prejuízos causados por eventos climáticos extremos em 2023.