Mario Draghi diz que está mantida decisão de renunciar ao cargo de primeiro-ministro da Itália

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, sinalizou que a decisão de renunciar ao cargo está mantida e deve acontecer na próxima semana. Segundo pessoas próximas ao premiê, a decisão aconteceu por ele não ter mais o apoio de todos os partidos em sua aliança governista fragmentada.

Na quinta-feira (14), Draghi tentou renunciar ao cargo, mas o pedido foi negado pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, que o incentivou a tentar angariar mais apoios entre os aliados parlamentares.

A decisão aconteceu após o segundo maior partido da coalizão governista, o antissistema Movimento 5 Estrelas, (M5S, na sigla em italiano), não oferecer apoio durante uma votação importante no Senado sobre um pacote de ajuda para empresas e famílias.

Na próxima quarta-feira, Draghi se reunirá com parlamentares em Roma para reforçar a decisão, segundo fontes próximas ao primeiro-ministro. 

O governo que Draghi lidera é conta com praticamente todos os partidos italianos, da direita à esquerda, exceto pelos Irmãos de Itália, dirigido por Giorgia Meloni. Sem a renúncia, novas eleições gerais na Itália só aconteceriam em junho de 2023.

A renúncia deve impactar ainda mais a Itália, que já vive em meio a crise energética da Europa, em razão da guerra da Rússia e a Ucrânia.