Massacre de Realengo completa dez anos nesta quarta (7)
Tragédia terminou com a morte de 12 crianças
Foto: Agência Brasil
Na manhã do dia 7 de abril de 2011, 12 crianças foram mortas e outras 12 ficaram feridas na Escola Municipal Tasso da Silveira, no que seria conhecido com o Massacre de Realengo, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (7), um dos crimes que chocou o Brasil completa dez anos.
A tragédia aconteceu após um ex-aluno da Tasso da Silveira, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ir até a escola e fingir que faria uma palestra. Na época, a escola comemorava 40 anos e contava com a participação de ex-alunos para falar sobre as suas experiências fora do ambiente escolar.
No entanto, Wellington entrou na escola com uma mochila, onde carregava duas armas. Dentro do colégio, no segundo andar, ele invadiu uma sala da 8ª série e disparou contra alunos e professores. No local, havia cerca de 40 alunos. Logo após, ele invadiu uma segunda sala, onde recomeçou a atirar.
Com o barulho dos tiros, muitos alunos saíram das salas e correram. Na fuga, muitos caíram e foram pisoteados. Um aluno conseguiu sair do colégio e pediu socorro para três policiais que faziam uma ronda próximo da escola.
Ao chegar no colégio, um policial gritou o ex-aluno, que chegou a apontar a arma na direção dele, mas não disparou. Wellington foi atingido com um tiro de fuzil na barriga e caiu no chão. Logo em seguida, ele deu um tiro na própria cabeça.
Mais tarde, durante as investigações, a polícia descobriu uma carta escrita por Wellington, onde ele disse ter sido vítima de bullying na escola.
Em 2015, um memorial com esculturas em bronze das crianças vítimas do massacre foi inaugurado ao lado da escola Tasso da Silveira. Uma das mães das vítimas, Adriana Silveira, criou a associação 'Os Anjos de Realengo', que reúne familiares das vítimas da tragédia e lançou o livro 'Meu Anjo Luiza', em homenagem à filha dela, Luiza Paula da Silveira Machado, que tinha 14 anos. Adriana também passou a dar palestras sobre prevenção de violência nas escolas para pais e alunos.