Mauro Cid solicita vídeos de depoimentos dados à PF e reclama de 'narrativas', diz coluna
Defesa do ex-ajudante de ordens aponta trechos que nunca foram confirmados por ele
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), solicitou à Polícia Federal acesso aos vídeos de todos os depoimentos transcritos prestados pelo militar à agência. O pedido foi feito após Cid reclamar que trechos de seus depoimentos teriam sido encaixados em "narrativas" que não correspondem ao que ele falou. As informações são da coluna Igor Gadelha, do Metrópoles.
Segundo a defesa, o ex-ajudante de ordens reclama de dois pontos. A aliados, ele informou, por exemplo, que nunca teria afirmado, em depoimento à PF, que Bolsonaro tramou um golpe de Estado.
Aos interlocutores ele chegou a admitir que as supostas minutas do golpe teriam sido levadas e discutidas pelo ex-presidente, mas afirmou que Bolsonaro nunca teria sinalizado disposição em dar um golpe.
O tenente-coronel tem dito nos bastidores que o que havia era uma grande pressão do entorno de Bolsonaro para que fossem encontradas fraudes nas urnas eletrônicas, algo que, até o momento, não foi comprovado.
O segundo ponto reclamado por ele é a respeito da investigação sobre a adulteração dos certificados de vacinação contra Covid-19 de Bolsonaro e da filha dele, Laura.
Ele negou aos aliados que tenha confirmado à PF que Bolsonaro mandou adulterar os cartões. Segundo interlocutores, Cid teria assumido sozinho a responsabilidade pela falsificação.
Ao pedir acesso aos vídeos, a intenção do tenente-coronel é confrontar o que ele falou nos depoimentos à Polícia Federal com o que está escrito nos autos do processo de sua colaboração premiada.