MEC admite ‘divulgação indevida’ de resultados do Sisu 2024
Classificações erradas foram divulgadas na manhã de terça-feira (30), antes do site do Sisu sair do ar
Foto: Rafael Neddermeyer/ Agência Brasil
O Ministério da Educação admitiu nesta sexta-feira (2) que os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foram divulgados "de maneira indevida" na manhã da última terça-feira (30). Segundo o MEC, os resultados ficaram disponíveis por cerca de 25 minutos.
A página do Sisu saiu do ar logo em seguida e foi republicada em 31 de janeiro, com as classificações definitivas e diferentes das já exibidas na véspera. Dessa forma, estudantes que acreditavam ter sido aprovados, com base na lista anterior, descobriram que perderam a vaga.
"O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 31 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", explicou o MEC em nota enviada ao jornal O GLOBO. "O sistema é seguro e os resultados oficiais não são modificados", acrescenta o comunicado.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) classificou o episódio como "um grande absurdo" e informou que vai lançar uma plataforma para os candidatos denunciarem. Segundo a presidente da UNE, está sendo criado um formulário de denúncia para suprir a "desassistência" do ministério para com os candidatos que foram prejudicados com a falha no sistema.
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, em entrevista à rádio CBN, que a pasta está apurando as responsabilidades pelo ocorrido, com o intuito de identificar se erro partiu da própria área técnica do MEC ou da empresa que presta serviços ao ministério.
Perguntado sobre o motivo das falhas técnicas, Santana respondeu que o sistema passou por "mudanças por conta da lei de cotas" e que a pasta vai "tentar identificar o número de pessoas afetadas".