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Mecanismo pode impedir metástase do câncer de pâncreas, afirmam cientistas

O levantamento foi publicado na Nature

Por Da Redação
Ás

Mecanismo pode impedir metástase do câncer de pâncreas, afirmam cientistas

Foto: Pexels

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, revelou que o aumento dos níveis da proteína GREM1 nas células tumorais do câncer de pâncreas pode impedir que elas cresçam e causem metástase. O exame foi publicado nesta quinta-feira, na Nature.

Como informou o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pâncreas apresenta um comportamento violento e é de difícil detecção. Em razão disso, ele é diagnosticado tardiamente, causando uma alta taxa de mortalidade.

No Brasil, o câncer nesse órgão corresponde por cerca de 2% de todos os diagnósticos da doença e por 4% de todas as mortes, segundo o instituto.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram o câncer de pâncreas em camundongos e em “minitumores” pancreáticos, chamados de organoides, para detalhar o gene que desativa a proteína GREM1 e, consequentemente, possibilita a metástase da doença.

Com isso, foi verificado que, ao desligarem a GREM1, as células tumorais passam por uma mudança negativa e rápida, quando ganham capacidade de invadir novos tecidos e migrar pelo corpo. Conforme o estudo, em apenas dez dias, todas elas mudaram e tornaram-se mais perigosas e invasivas.

Além disso, o desligamento fez com que os tumores ficassem mais propensos a se espalhar. Os pesquisadores ainda realizaram testes em camundongos com adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC) e observaram que, sem a presença do GREM1, 90% deles desenvolveram tumores que se espalharam para o fígado.

Nos casos em que a proteína estava funcionando normalmente, somente 15% chegaram a essa situação, afirma o estudo.

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