Medicamentos do "kit intubação" importados por empresas chegam ao aeroporto em Guarulhos
Ministro da Saúde cobra cooperação de estados mais ricos no combate a escassez de produtos
Foto: Divulgação
O carregamento com os medicamentos do chamado "kit intubação" que sairam da China na madrugada desta quarta-feira (14) e que foi doado ao Ministério da Saúde por um grupo de empresas chegou ao aeroporto em Guarulhos (SP) por volta das 22h15 desta quinta-feira (15). Segundo o ministério, foram comprados 2,3 milhões de medicamentos e a previsão é de que a distribuição dos insumos aos estados já comece a partir desta sexta (16).
O lote saiu da China na madrugada desta quarta (14). Os produtos foram doados ao governo federal por um grupo de empresas formado por Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen. O repasse acontece depois de nove ofícios enviados pelo governo de São Paulo pedindo ajuda emergencial na reposição dos produtos usados no tratamento de pacientes internados com Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de todo o estado.
Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrou que "grandes estados" busquem comprar os medicamentos por conta própria. Por meio de nota, também na tarde desta quinta, o governo de São Paulo afirmou que o governo federal “ainda não sinalizou à Secretaria de Estado da Saúde de SP nenhuma entrega dos medicamentos que compõem o kit intubação".
“O prazo para providências, de 24 horas, já se esgotou, e mais de 640 hospitais seguem com estoques críticos, na imanência do colapso. Além de se manter inerte, destinou ao Estado somente 552.507 medicamentos provenientes da requisição administrativa do Ministério da Saúde, e não os 1.394.957 informados pela pasta federal à imprensa”, disse a nota do governo paulista.
Também nesta quinta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrou uma ação de "grandes estados, que têm a economia maior que alguns países," para enfrentar a escassez de produtos do kit no país. “Os próprios governadores de muitos estados poderiam buscar esses medicamentos seja no mercado internacional, seja no mercado nacional. Eles têm elementos para fazer isso e para se associar ao Ministério da Saúde nesta tarefa de apoiar a sociedade brasileira”, afirmou.