Médicas que atenderam o menino Henri Borel relatam que o menino já chegou morto e com lesões em hospital
Peritos envolvidos no caso garantem que as lesões, como equimoses, hematomas, edemas e contusões, não são compatíveis com um acidente doméstico
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O delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª Delegacia Policial na Barra da Tijuca, ouviu 12 testemunhas no inquérito que apura a morte de Henri Borel Medeiros, de 4 anos, na madrugada do último dia 8. Entre as testemunhas, estão três médicas pediatras que atenderam o menino na emergência do Hospital Barra ‘DOr, e que garantiram que o garoto já chegou morto a unidade de saúde, e com as lesões externas no corpo descritas nos dois laudos do exame da necropsia.
A informação é do jornal Extra, que afirmou ter tido acesso aos documentos que apontam que a criança sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Peritos envolvidos no caso garantem que as lesões, como equimoses, hematomas, edemas e contusões, não são compatíveis com um acidente doméstico.
Henry passou o final de semana do último dia 7 com o pai e voltou para casa de Monique, mãe do garoto, por volta das 19h30. De acordo com ela, a criança vomitou ao chegar no local, mas não estranhou o estado, por tratar como algo normal quando o filho chorava muito.
Monique ainda relatou que na madrugada do dia 8, ela e Jairinho estavam em um quarto assistindo televisão, enquanto o filho dormia no quarto do casal.
Em depoimento à polícia, o padrasto do menino contou que estava assistindo a uma série no quarto de hóspedes com a mulher para não incomodar o sono do enteado. Monique afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada, e foi até o quarto onde a criança estava e viu o filho caído no chão. “Quando abri a porta do quarto, vi ele deitado no chão. Peguei meu filho, botei em cima da cama. Estranhei. As mãos e os pés dele estavam muito geladinhos. Chamei o Jairinho. Ele enrolou meu filho numa manta e fomos ao hospital”.
Já o pai de Henry, contou que entregou o filho bem e horas depois a criança morreu. “O que mais me chama atenção é a sequência de fatos, é você entregar seu filho bem, um menino saudável, cheio de vida e horas depois, muitas poucas horas depois, você encontrar seu filho morto, sem explicação”.