Médicos alertam que calendário de vacinas devem ser seguidos durante pandemia
OMS estima que 117 milhões de crianças ficarão sem vacina contra o sarampo

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Além de aconselhar a população para que não deixem de buscar ajuda médica durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mesmo que não tenha relação com a doença, médicos alertam a importância de manter o calendário de vacinação, principalmente para bebês e crianças.
O ressurgimento de doenças consideradas controladas no Brasil, a exemplo do sarampo, foi alertado sobre a baixa cobertura vacinal e a vulnerabilidade da população brasileira. No entanto, com a crise sanitária causada pela Covid-19, profissionais de saúdem temem que a procura pelo serviço seja ainda mais baixa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por conta da pandemia, cerca de 117 milhões de crianças no mundo ficarão sem a vacina contra o sarampo. Dados do Boletim Epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde dão conta de 2.805 novos casos apenas este ano. Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina concentram o maior número de casos confirmados, 96,3%.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballai, alerta que além do sarampo, doenças como rubéola, febre amarela e meningite meningocócica podem voltar a circular em território nacional.
"As pessoas precisam lembrar que não é apenas a vacina da gripe que deve ser tomada mesmo durante a pandemia. Existem outras que devem ser ministradas, especialmente em crianças, que costumam desenvolver quadros mais graves das doenças", explica a especialista.