Medida serve para impedir obstrução de Justiça, diz PGR sobre prisão de Braga Netto
Determinação ajuda a dificultar a obstrução de Justiça, declara Gonet
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, acordou com a prisão do general Walter Braga Netto, na mesma data em que o ministro Alexandre de Moraes (STF) assinou a resolução, na última terça-feira (10/12).
“O pedido da autoridade policial (PF) convence da imprescindibilidade da providência em prol do avanço das investigações (...)”, afirmou o procurador.
Gonet explicou no parecer que haveria “clara pertinência lógica”, e que haveria “necessidade”, “adequação” e “proporcionalidade da medida”.
"Interferência nas investigações"
Por esse motivo, a detenção preventiva seria uma providência apta para assegurar a ordem pública, de acordo com Gonet, para impedir a “continuidade do esquema criminoso deflagrado” e ainda a “interferência nas investigações que seguem em curso. Ainda de acordo com o PGR, a partir do que se colheu de provas, são necessárias mais diligências para um juízo adicional e mais abrangente sobre a autoria dos crimes”.
O procurador-geral ainda observou que há provas o bastante para as determinações de busca e apreensão nas residências dos investigados. Isso se deve ao fato, na análise do PGR, altos indícios dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado democrático, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grande ameaça contra o patrimônio da União, e com prejuízo relevante para a vítima, e ainda deterioração do patrimônio tombado.