Membros do Conselho de Ética são "reféns" da insegurança, afirma Adolfo Menezes sobre caso Binho Galinha
Presidente da Alba diz que deputados têm "medo de agir"
Foto: Farol da Bahia
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD) disse, nesta terça-feira (3), que os membros do Conselho de Ética da Alba têm medo de dar seguimento às atividades nas analises contra o deputado Binho Galinha, alvo da Operação El Patrón que investiga esquema de milícia em Feira de Santana. Ele chamou os membros de "reféns" por conta da insegurança quando se trata do crime organizado e citou a atuação no Rio de Janeiro.
"No intuito de preservar a imunidade parlamentar, o cara bota todo tipo de crime, porque o Congresso não muda? Então o que é que ocorre, vocês viram na imprensa a gravidade do tamanho do problema, do esquema que é. Isso eu estou dizendo, a Justiça foi quem pegou todas as provas, com prisões, com mortes, com tudo". [...] Mas, o que é que os deputados dizem: olha, se três juízas já correram de julgar o caso, como é que a gente vai entrar num negócio desses andando no interior? Daqui a pouco, eles tão matando e aí? Como é que vai ficar? Então, medo. Pronto, medo de agir. Espero a justiça agir. Eu não tiro a razão deles, o cara vai ser herói aí. Nenhum país como esse, como é que viu aí, nesses últimos dois dias, no Rio de Janeiro, matando o ser humano como se fosse barata", disse.
O parlamentar atribuiu a responsabilidade ao Congresso e criticou a imunidade parlamentar. "Não vou usar um termo mais pesado para não agredir, mas a responsabilidade é do Congresso Nacional. [...] No intuito de tornar a palavra do parlamentar, do deputado federal, senador, inviolável, os atos podem ser protegidos para exercer o seu mandato, eles votam tudo no mesmo bolo. [...] O próprio Congresso, se eles quiserem votar alguma coisa, eles votam de hoje pra amanhã", afirmou.
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