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Mensagens mostram que investigadores da Lava Jato pediram informações sobre contas e offshores a suíços

Material com mensagens está nas mãos do STF e possuí relação na Operação Spoofing

Por Da Redação
Ás

Mensagens mostram que investigadores da Lava Jato pediram informações sobre contas e offshores a suíços

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Procuradores da Operação Lava Jato pediram e receberam informações da Suíça sobre a estrutura de offshores mantidas pela Odebrecht naquele país, antes de fazer reuniões com suspeitos de corrupção que eram investigados. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (11) pela coluna de Jamil Chade no UOL. O repasse dos dados por meio do Telegram consta em material apreendido na Operação Spoofing sob a guarda do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em chat criado para tratar da cooperação entre suíços e brasileiros, procuradores de ambos os países usaram o aplicativo para passar informações e documentos sobre contas e nomes de empresas offshore (registradas em paraísos fiscais) e de suspeitos de corrupção. Com os dados em mãos, os procuradores da Lava Jato pressionavam investigados a explicar o destino de recursos e a criação de empresas de fachada, de acordo com as mensagens as quais o UOL teve acesso. 

As informações eram enviadas em arquivos no formato PDF, em fotos de planilhas ou em textos com o nome do suspeito e sua conta em um banco suíço. Sem dar explicações, os representantes de Berna indicavam nas próprias conversas que certos funcionários do MP suíço não estavam autorizados por seus chefes a participar da troca de mensagens e que poderiam apenas ser consultados por e-mails.  

Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem que o uso de canais não oficiais pode levar à anulação de provas. Em petição protocolada no STF, a defesa afirmou que "o encaminhamento do material ocorreu de forma clandestina e absolutamente incompatível com o que prevê o acordo firmado entre Brasil e a Suíça para fins de cooperação em matéria penal". 

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