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Dona de clínica de estética vira ré por morte de influenciadora após procedimentos estéticos

Grazielly da Silva Barbosa aplicou PMMA nos glúteos de Aline Maria Ferreira da Silva que morreu nove dias depois

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Dona de clínica de estética vira ré por morte de influenciadora após procedimentos estéticos

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A empresária Grazielly da Silva Barbosa virou ré por provocar a morte da influencer Aline Maria Ferreira, de 33 anos, em julho de 2024. Grazielly é dona da clínica, em Goiânia, onde Aline realizou um procedimento estético e morreu nove dias depois, em um hospital de Brasília.

Grazielly está em prisão domiciliar há sete meses. Segundo a polícia, ela não tem formação na área da saúde e cursou apenas até o terceiro período de medicina em uma faculdade no Paraguai.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Grazielle por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Segundo o órgão, a clínica em que o procedimento foi realizado, fechada um dia após a morte de Aline, não tinha responsável técnico e nem alvará sanitário. A denúncia foi aceita pela Justiça na quinta-feira (27).


Influenciadora Aline Maria Ferreira
Reprodução/Redes Sociais

O procedimento foi realizado em 23 de junho de 2024. Grazielly aplicou polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos da vítima. A substância é considerada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de risco máximo e, por isso, só ele deve ser administrado por profissionais médicos treinados. Além disso, a Anvisa aponta que o produto possui uma destinação específica, para coreção de pequenas deformidades do corpo após tratamentos de AIDS ou de poliomielite.

Segundo depoimentos do marido e da amiga de Aline, presentes durante o procedimento, a influenciadora recebeu 30ml de PMMA em cada glúteo. Na denúncia, o MP-GO pontua que a aplicação durou cerca de 20 minutos.

Após a aplicação, Grazielly , sem luvas, massageou a região para espalhar o produto e aplicou curativos. No dia seguinte, Aline sentiu dores e teve febre. Ela telefonou para a empresária que orientou que ela tomasse alguns medicamentos e “a persuadiu a não procurar atendimento médico”, apontou o MP-GO.

No dia 27, quatro dias após o procedimento, Aline procurou um hospital em Brasília, onde morava, e foi internada. Ainda segundo o MP, Grazielle chegou a ir ao hospital e a aplicar um anticoagulante na influenciadora, “dizendo que era para evitar trombose”.

No mesmo dia, Aline foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em outro hospital. Ela morreu no dia 2 de julho, cinco dias após a visita da empresária. Conforme o laudo, a morte de Aline foi causada por falência múltipla de órgãos causada por choque séptico “com origem no tecido subcutâneo dos glúteos".

Em nota, a defesa da empresária disse que irá provar a inocência de Grazielly. 

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