Mesmo com críticas de Lula, Copom deve pôr fim ao ciclo de cortes e manter a Selic em 10,5% ao ano
Presidente subiu o tom das críticas ao tamanho da taxa de juros nos últimos dias
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne, nesta quarta-feira (18), para definir o futuro da taxa básica de juros, conhecida também como Selic. A expectativa é de que haja o encerramento do ciclo de queda, que ocorre desde agosto do ano passado.
Se confirmada a manutenção da taxa Selic, ela permanecerá em 10,50% ao ano, o menor nível desde fevereiro de 2022, ou seja, em pouco mais de dois anos.
A decisão do Copom vai acontecer em meio ao fogo cerrado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que subiu o tom das críticas ao tamanho da taxa de juros nos últimos dias.
Em entrevista à rádio CBN, na terça-feira (18), o presidente Lula (PT) afirmou que “não há explicação para a taxa de juros do jeito que está” e voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ainda segundo Lula, o dirigente da autoridade monetária “não demonstra capacidade de autonomia” e que “trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o país”. “A única coisa desajustada, nesse instante, no Brasil, é o comportamento do Banco Central”, afirmou o presidente.