Michel Temer aceita o convite para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano
Temer falou que além da ajuda humanitária, há uma mediação política a ser realizada
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Michel Temer aceitou o convite para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano. Em entrevista à CNN, o ex-presidente adiantou que as ajudas pode começar já nesta quarta-feira (12) com o envio de alimentos e medicamentos. Temer falou que além da ajuda humanitária, há uma mediação política a ser realizada. "Nós vamos também tentar fazer com que o Brasil entre num processo, digamos assim, modestamente, de uma certa mediação para resolver as questões internas do Líbano. O Brasil pode colaborar com uma pacificação interna", registrou.
Temer disse que apesar dos conflitos "físicos" existentes no Líbano, ele não acredita que eles comprometam a missão. Ele ainda destacou que comunidade libanesa no Brasil é mais do que o dobro do que a população daquele país, por isso, a ajuda trata-se de "um gesto muito adequado do ponto de vista da política internacional".
Sobre a relação entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, Temer disse que nunca foi criticado e nunca criticou o governo "sem embargo de fazer observações das mais variadas", detalhou. O ex-presidente minimizou a saída do MDB do "centrão" - bloco que se aproximou de Bolsonaro nos últimos meses - e ponderou que o partido sempre esteve numa posição independente do governo, com apoio às pautas que avaliam serem importantes para o país. "O que não significa uma ligação umbilical", concluiu.