Michel Temer defende a redução de partidos no Brasil para evitar a ocorrência do impeachment
O discurso foi dado na na conferência sobre a relação entre Brasil e Portugal
Foto: Reprodução/ Lide
Durante discurso de abertura na conferência sobre a relação entre Brasil e Portugal, realizada pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais –, em Lisboa, nesta sexta-feira (3), o ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu a redução de partidos no Brasil para evitar a ocorrência do impeachment, processo que derrubou Dilma Rousseff (PT) e o levou ao poder em 2016.
Temer também destacou como o sistema usado em Portugal, de semipresidencialismo, garante uma estabilidade necessária e de "tranquilidade" e, também, propõe que seja estabelecido no Brasil. E rejeitou que queira tumultuar o atual governo ao propor o semipresidencialismo.
Para o ex-presidente, o impeachment no Brasil "virou moda". "Eu passei por isso", afirmou, numa referência a sua posse depois da queda de Dilma Rousseff. Temer, porém, foi enfático: "Cheguei constitucionalmente pelo poder". Ainda assim, ele admitiu que o processo é "sempre um trauma".
Temer ainda alertou para a ausência de partidos no atual sistema. "Não temos partidos políticos no Brasil, com todo respeito", disse. Segundo ele, houve partidos na época do golpe de estado, com MDB e Arena. Em sua avaliação, o Brasil tem "siglas partidárias".