Ministério da Defesa de Israel afirma que Palestinos governarão Gaza após conflito
O comunicado destaca a ausência de uma presença civil israelense na Faixa de Gaza
Foto: Reprodução/OMS
O Ministério da Defesa de Israel contradisse as declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmando que uma instituição palestina, não o Hamas nem Israel, governará a Faixa de Gaza após o conflito com os terroristas. Em comunicado, a pasta enfatizou que "os moradores de Gaza são palestinos", e, portanto, as agências palestinas estarão no comando, desde que não haja ações hostis ou ameaças contra Israel.
O comunicado, parte de um plano apresentado pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, antes da visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, destaca a ausência de uma presença civil israelense na Faixa de Gaza. O Ministério ressaltou que será mantido o bloqueio aéreo, terrestre e marítimo imposto desde 2007, embora uma frente internacional, incluindo os EUA e países europeus, assumirá a responsabilidade pela reabilitação do território.
Netanyahu, em declarações anteriores, assegurou que não entregaria o controle da Faixa de Gaza à Autoridade Nacional Palestina (ANP), acusando-a de financiar "terrorismo". Contudo, o Ministério da Defesa destaca que "não haverá presença civil israelense" no enclave, indo contra a postura anterior do primeiro-ministro.
Os EUA defendem que a ANP tenha algum controle sobre Gaza após o conflito, alinhando-se com uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino. A ANP, que perdeu o controle de Gaza em 2007 quando o Hamas assumiu o poder, afirma que só retomará a administração do enclave no contexto de um processo de paz que preveja a criação de um Estado palestino.
O Ministério da Defesa israelense destaca que a inspeção de produtos que entram em Gaza será mantida por razões de segurança.